Alimentação inclusiva: o que é e como promover na empresa

A alimentação inclusiva é uma prática essencial para as refeições coletivas, visando adaptar o cardápio para pessoas com restrições alimentares, alergias ou que simplesmente optam por não consumir alguns ingredientes.

Por meio da alimentação inclusiva, é possível adequar as refeições com o intuito de garantir que todos os profissionais possam ter acesso a pratos saborosos, nutritivos e que se adequam às suas restrições alimentares.

No contexto das refeições coletivas é bastante desafiador preparar cardápios inclusivos, por isso, nós trouxemos mais informações para te ajudar a adequar a alimentação de seus trabalhadores, para que todos se sintam respeitados e beneficiados pela alimentação disponibilizada diariamente.

O que é uma alimentação inclusiva?

A alimentação inclusiva, também conhecida como inclusão alimentar, consiste em adequar as refeições para que pessoas com restrições alimentares possam consumir seus pratos de forma segura.

Como o próprio nome sugere, é uma técnica para incluir a todos, visando que a refeição seja um momento agradável e seguro para toda a equipe.

Todas as empresas que oferecem alimentação coletiva precisam ter o cuidado de adequar o cardápio para que ele seja inclusivo. Justamente com o intuito de garantir que isso reforce a cultura da empresa, beneficie o negócio e dê a todos a sensação de que são respeitados.

Qual a diferença entre alimentação inclusiva e alimentação diversificada?

A alimentação inclusiva é aquela que leva em consideração a necessidade de cada colaborador, desenvolvendo um cardápio adequado para as demandas nutricionais da equipe, garantindo que todos os profissionais possam consumir as refeições disponíveis. 

Por exemplo, cientes de que um profissional tem alergia a amendoim, o ingrediente não é utilizado na refeição daquele colaborador. Além disso, a equipe adota todos os cuidados para evitar contaminação cruzada.

Enquanto a alimentação diversificada é aquela rica em nutrientes, oferecendo pratos coloridos com diversidade de nutrientes. Portanto, uma alimentação diversificada não é necessariamente inclusiva. Contudo, uma alimentação inclusiva sempre deverá ser diversificada.

Por que a alimentação inclusiva é importante?

Segundo Alysson Alcântara, empresário formado em gastronomia, criador da Speed Foods Distribuidora e fundador do Burger no Papo Podcast, a alimentação inclusiva é importante porque atende a diversidade de necessidades alimentares das pessoas e de grupos sociais, incluindo restrições culturais, religiosas, éticas e de saúde, como alergias, diabetes e intolerâncias alimentares.

Temos também a inclusão para pessoas com deficiência (PCDs) e autistas. Para os autistas é essencial considerar dificuldades sensoriais e motoras, adaptando texturas, apresentação e sabores para facilitar a ingestão e o conforto alimentar. Isso não só promove saúde e bem-estar para todos, mas também fomenta igualdade e respeito.

Profissionais com deficiência, por sua vez, necessitam de uma alimentação com maior aporte proteico, para que seja possível manter a força e a massa magra.

Sob a perspectiva da equipe Vitao Alimentos – Indústria de Alimentos, ao investir nessa área, a empresa não só cria valor para si mesma, mas também se torna parte ativa na construção de um mercado mais acessível e consciente.

Ou seja, vai muito além de adaptar um cardápio considerando as individualidades da equipe. A alimentação coletiva precisa ser sensível a diferentes aspectos que estão representados em cada prato, promovendo nutrição de qualidade, inclusão e respeito em cada prato servido diariamente.

Quais são os principais tipos de restrição alimentar?

As restrições alimentares costumam estar atreladas a doenças, alergias, aspectos religiosos e dietéticos. Nós trouxemos os principais tipos de restrições para que entenda os cuidados necessários, confira:

Alergias alimentares

Algumas pessoas manifestam reações adversas a alguns alimentos, como frutos do mar, leite, ovos e amendoim. 

A alergia alimentar pode causar reações fatais, por isso, é indispensável ter cuidado quando algum membro de sua equipe é alérgico. Afinal, até mesmo a contaminação cruzada pode ocasionar uma reação indesejada e potencialmente fatal.

Intolerância à lactose

A intolerância à lactose é uma dificuldade do organismo de digerir o açúcar presente no leite. O profissional poderá vir a sofrer sintomas gastrointestinais ocasionados pelo consumo de alimentos com lactose.

Doença celíaca

A doença celíaca limita o consumo de alimentos com glúten, podendo ocasionar reações adversas como coceira e feridas na pele quando o consumo é realizado. 

Trata-se de uma doença autoimune que dificulta a absorção de nutrientes no organismo, ocasionando reações indesejadas.

Sensibilidade ao glúten não-celíaca

Algumas pessoas não são celíacas, mas possuem sensibilidade ao glúten, apresentando dificuldade de digerir a proteína que faz parte de aveia, batata, grãos, tubérculos, cevada e trigo.

Diabetes

Pessoas diabéticas precisam de uma alimentação equilibrada, com o intuito de evitar picos glicêmicos que podem ser muito prejudiciais para a saúde do colaborador. 

Além disso, a nutrição eficiente é de grande relevância para a manutenção do bem-estar e qualidade de vida do diabético.

Veganismo

Os veganos excluem da própria alimentação todos os produtos que são de origem animal, como é o caso do mel, ovos, leite, peixe, carnes e até mesmo evitam o uso de couro e lã. 

Por isso mesmo, é preciso oferecer uma alimentação equilibrada e que respeite as crenças e preferências do profissional, garantindo um bom aporte nutricional no cotidiano.

Vegetarianismo

Os vegetarianos excluem de sua alimentação carnes e peixes. Em alguns casos, também excluem ovos e laticínios. Existem diferentes linhas do vegetarianismo e é importante respeitar a escolha de cada profissional, oferecendo um cardápio nutritivo e adaptado.

Restrições Culturais e Religiosas

Por questões culturais e religiosas algumas pessoas não consomem determinados alimentos, como é o caso dos judeus que não consomem porco, coelho ou carne e leite juntos. Assim como os adventistas do sétimo dia não consomem camarão, por exemplo. 

É fundamental conhecer a sua equipe, com o intuito de respeitar as restrições de cada colaborador.

Como promover uma alimentação inclusiva na empresa?

Existem alguns passos que precisam ser considerados na hora de promover uma alimentação inclusiva na empresa, como é o caso de avaliar as reais necessidades específicas da equipe, entenda mais a seguir:

Diagnóstico das necessidades

É preciso pesquisar e identificar quais são as restrições alimentares, alergias e preferências de cada colaborador da equipe. Dessa forma, é possível entender as necessidades que são apontadas por eles, para que seja possível propor soluções personalizadas. 

Para Alysson Alcântara, um diagnóstico completo permite que as necessidades sejam atendidas de forma precisa, evitando riscos à saúde e melhorando a experiência alimentar.

Cardápios Inclusivos

A partir da identificação das necessidades, é possível oferecer variedade de opções, montando um cardápio inclusivo para que os profissionais possam ter refeições adequadas para suas necessidades, sejam elas meramente nutricionais ou baseadas em suas crenças. 

Além disso, é importante deixar claro os ingredientes que compõem cada prato, para que nenhum profissional se confunda e efetue o consumo de um alimento que não está apropriado para sua rotina.

Treinamento da equipe

É importante treinar a equipe para que todos os profissionais entendam a importância da alimentação inclusiva e adotem os cuidados necessários para cada refeição seja apropriada para a equipe. Afinal, as boas práticas de higiene e manipulação dos ingredientes, visando manter o controle de qualidade dos alimentos para evitar contaminação cruzada.

Comunicação eficiente

Além de adotar os cuidados necessários para incluir os profissionais que possuem restrições alimentares, é importante divulgar o programa na empresa, deixando claro os benefícios e opções de pratos disponíveis na região. Afinal, é indispensável utilizar os canais de comunicação da empresa para manter todos os profissionais bem informados para que possam usufruir de benefícios disponibilizados.

Parceria com Nutricionistas

Para desenvolver um cardápio eficaz para sua equipe considerando todas as restrições existentes, é importante contar com a consultoria e orientação de nutricionista para montar pratos saudáveis e saborosos adequados a diferentes necessidades e restrições alimentares.

Eventos e Degustações

É possível organizar eventos temáticos com foco em diferentes tipos de dietas, trazendo degustações e novos pratos para que os profissionais possam ampliar o próprio paladar e possam aproveitar a possibilidade de conhecer diferentes dietas.

Avaliação e melhoria contínua

É indispensável incentivar que os profissionais emitam feedbacks sobre o cardápio, para que possam contribuir para que a alimentação da empresa melhore continuamente. 

Usando os dados coletados, é possível identificar oportunidades de melhoria e ajustar o programa de alimentação inclusiva no restaurante dentro da empresa.

Quais são os principais desafios para implementar a alimentação inclusiva em restaurantes corporativos?

Implementar a alimentação inclusiva em restaurantes que servem pratos para centenas de colaboradores é complexo por uma série de fatores, tais como:

Custos

Investir em uma alimentação inclusiva pode elevar os custos com alimentação caso a empresa não tenha um bom planejamento de cardápio semanal.

Por isso mesmo, é indispensável ter auxílio de profissionais experientes, com o intuito de garantir que as refeições coletivas sejam inclusivas e respeitem o orçamento da empresa.

Logística e Suprimentos

Uma alimentação inclusiva pode desencadear a necessidade de adquirir mais suprimentos que o habitual, visando o preparo de diferentes pratos. O que torna a logística de compra, recebimento e armazenamento dos ingredientes mais complexa.

Conhecimento e treinamento da equipe

É fundamental ter uma equipe bem treinada. Caso contrário, o cardápio pode não alcançar o seu objetivo de ser inclusivo pela adoção de práticas equivocadas, como erros na manipulação dos ingredientes, gerando contaminação cruzada, por exemplo.

Resistência à mudança

Alguns colaboradores são resistentes às mudanças, o que revela significativa necessidade de treinar a cozinha para evitar problemas. Afinal, é indispensável que a equipe entenda a importância da alimentação inclusiva.

Limitações de espaço e equipamentos

Algumas cozinhas são limitadas em termos de espaço e equipamentos, o que dificulta a logística e pode demandar novos investimentos, visando o armazenamento eficaz dos ingredientes.

Falta de legislação específica

Por não existir uma legislação específica para que a alimentação seja inclusiva, algumas empresas podem ser mais resistentes à mudança, o que acaba excluindo membros da equipe e gerando dificuldade de implementar uma cultura organizacional forte.

Tenha auxílio para estabelecer uma alimentação inclusiva em sua organização

Aproveite a possibilidade de terceirizar a alimentação de sua equipe, contando com um time de especialistas que desenvolve cardápios e faz os preparos das refeições coletivas.

Na Premium Essential Kitchen, temos equipe treinada, profissionais experientes e toda a logística necessária para atender cada colaborador em sua empresa.

Entre em contato conosco e solicite o seu orçamento, para garantir que cada profissional se sinta acolhido e valorizado por meio da alimentação saudável, nutritiva e balanceada oferecida em sua empresa.  

Esse artigo foi produzido sob a colaboração de Alysson Alcântara, empresário formado em gastronomia, criador da Speed Foods Distribuidora e fundador do Burger no Papo Podcast em conjunto com o seu parceiro de podcast Marcos Forte.